Em 19 de junho, em Haia, representantes da Ucrânia, especialistas estrangeiros e membros da comunidade internacional se reuniram na sede da Comissão Internacional sobre Pessoas Desaparecidas (ICMP) para discutir a estratégia da Ucrânia para localizar dezenas de milhares de pessoas desaparecidas, incluindo crianças deportadas ilegalmente.
Daria Herasymchuk, assessora do Presidente da Ucrânia sobre Direitos e Reabilitação da Criança, reafirmou o compromisso da Ucrânia em proteger suas crianças e garantir seu retorno seguro, enfatizando a necessidade de cooperação internacional para responsabilizar os infratores.
A rainha Noor, comissária do ICMP, enfatizou a importância de um banco de dados central para consolidar dados sobre pessoas desaparecidas, coletados por várias agências. Ela também destacou a necessidade de comunicação contínua com as famílias e de uma campanha de divulgação para coletar dados genéticos de famílias dentro e fora da Ucrânia.
Artur Dobroserdov, Comissário da Ucrânia para Pessoas Desaparecidas, enfatizou a urgência da coleta e armazenamento adequados de dados, observando que as informações confiáveis diminuem com o tempo. Sara Huston, da Northwestern University, discutiu o papel da tecnologia na reunião de famílias e a necessidade de um sistema global de banco de dados de DNA.
Maksym Maksymov, chefe de projetos da Bring Kids Back UA, pediu esforços internacionais coordenados para pressionar a Rússia a devolver crianças deportadas. Ele enfatizou que a escala das atrocidades russas contra crianças ucranianas exige um amplo trabalho do governo, da sociedade civil e dos parceiros internacionais.
A mesa redonda ocorreu após a reunião anual do Conselho de Comissários do ICMP e incluiu discussões com representantes estaduais para emendar o Tratado do ICMP, facilitando a adesão e o financiamento.